Ministro Iris Fernando


sábado, 21 de novembro de 2009

O qué Arrebatamento? Porque espera-lo? Quando aconteçerá?


Arrebatamento da Igreja.

Quando pensamos na vinda de Cristo é inevitável refletir sobre o arrebatamento. A Bíblia descreve esse evento surpreendente, que acontecerá num futuro incerto e impossível de precisar sua data (cf. Mt 24.36). Somos conclamados a vigilância e santa expectativa para o grande dia, onde a comunidade cristã em forma de Noiva terá seu maravilhoso encontro com a pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo [1]. O arrebatamento é uma doutrina para corações que necessitam de esperança.

O que é o arrebatamento?

A palavra arrebatamento, em sua raiz grega, significa retirar um objeto com força e rapidez inesperada [2]. O arrebatamento será uma retira da Igreja, de modo brusco, sobrenatural e sem prévias. A Igreja se unirá com Jesus Cristo para todo o sempre, mediante a ressurreição dos santos e o arrebatamento dos vivos.

Escrevendo sua primeira missiva aos Tessalonicenses (4.13-18), o apóstolo Paulo apresenta a seqüência do arrebatamento: 1) O Senhor descerá do céu; 2) Os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; e 3) Os vivos no Senhor serão arrebatados.

Quando será o arrebatamento?

Ninguém sabe, só é possível saber que o evento é iminente, pois os sinais se identificam no decorrer da história. Agora se deve evitar ao máximo especulações, que sempre caem no terreno arenoso de heresias, fantasias e fanatismos. Quando Cristo adverte que o dia e hora não podem ser previstos, isso não significa que o ano ou século ou o milênio poderão! Ora, muitos empolgados com a escatologia falam besteiras como: “estamos na última geração”, “somos o último avivamento antes da vinda de Cristo”, “Cristo voltará logo, pois sempre algo acontece num período de dois mil anos” etc. Lembremos sempre das palavras de Jesus: “Não vos pertence saber os tempos ou épocas que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder” (Atos 1.7).

Os cristãos devem vigiar e orar, sempre preparados para a vinda de Cristo, mas nunca obcecados em querer especular sobre a proximidade do fim do mundo. Você então pergunta: Então porque os sinais? Ora, sinais não devem ser objetos de especulação, mas simplesmente advertências sobre a malignidade que os cristão enfrentarão no decorrer da história eclesiástica antes da vinda de Cristo. Como esperar o arrebatamento? Nunca pegar calculadoras ou “mapas escatológicos” para dizer que essa é a última geração, mas sim esperar a vinda de Cristo recebendo o poder do Espírito Santo e testemunhando até que Cristo volte (At 1.7-8).

É engraçado como nós evangélicos costumamos em mensagens evangelísticas usar abusivamente a frase: “Jesus está voltando”. Ora, essa consciência deve despertar a Igreja para desempenhar a cada dia o seu papel: A grande comissão! “O Jesus está voltando” deveria servir como incentivo para engajamento nessa missão e não virar clichê de evangelista, pois essa frase deve ser voltada principalmente para a comunidade cristã.

A vinda de Jesus não pode ser marcada!

Várias foram as tentativas para marcarem a vinda de Cristo, ou seja, a data do arrebatamento. Muitos ignoraram a advertência de Cristo, que “daquele Dia e hora ninguém sabe” (Mt 24.36). Alguns exemplos podem ser citados:

a) Guilherme Miller

O fundador do Adventismo marcou a vinda de Cristo para os dias 21 de março de 1843 e 21 de março de 1844.

b) Charles Taze Russell

O fundador da seita “Testemunhas de Jeová” marcou eventos apocalípticos para os anos de 1909, 1914 e 1915. Seus seguidores ainda marcaram a volta de Cristo para 1984.

c) Bang-Ik Há

O coreano fundador da seita “Missão Taberá”, marcou a vinda de Jesus para 1992.

d) John Hinkle

Um pastor de Los Angeles, que marcou a vinda de Cristo para o dia 9 de Julho de 1994.

e) Valnice Milhomens

A “apóstola” da Confissão Positiva marcou a vinda de Cristo para um sábado de 2007, ou shabbat, como os judaizantes preferem dizer. Sendo quarenta anos depois de 1967, o ápice do Movimento Carismático, segundo Milhomens. Hoje ela se defende dizendo que a o vídeo de sua pregação estava fora do contexto! (?).[3]

A vinda de Cristo em duas fases

As duas fases da vinda de Cristo marcam o início e fim da Grande Tribulação. A primeira fase é o arrebatamento da Igreja, sendo que Jesus virá sobre até as nuvens (I Co 15.52; I Ts 4.16,17). A segunda fase da vinda de Cristo será sua descida sobre o Monte das Oliveiras, juntamente com a igreja, para livrar Israel das garras do anticristo. Nesse momento julgará as nações e implantará o Milênio (Zc 14.4; Mt 24.30; Ap 1.7; 19.11-21 e 20.1-6)[4].

Quem participará do arrebatamento?

A Bíblia descreve alguns personagens desse evento, especialmente em dois textos que dão destaque ao arrebatamento, que é I Co 15.51-54 e I Ts 4.13-18. Esses personagens são:

a) Jesus Cristo

No arrebatamento é a pessoa de Cristo que aparece que um papel principal, pois como disse Paulo: “o mesmo Senhor... descerá do céu” (1 Ts 4.16). Simplesmente uma cena marcante, pois é certamente o cumprimento da promessa que o Senhor nunca nos deixará sós, mas que virá em breve nos buscar. (Mt 28.20; At 1.11)

b) O arcanjo

Certamente Miguel participará desse evento, pois é o único arcanjo mencionado nas Sagradas Escrituras. Logo, arcanjo só existe um, pois a palavra grega archangelos significa “anjo principal”. Assim como o nascimento de Cristo foi anunciado por anjos, assim será também sua segunda vinda.

c) Os mortos em Cristo

Os mortos em Cristo de todas as épocas ressuscitarão em corpos gloriosos, semelhantes ao de Cristo quando ressuscitou. Na glorificação dos santos os frágeis corpos mortais serão revestidos de imortalidade. Serão os primeiros a ressuscitarem, como Paulo lembra em I Ts 4.16. Os santos que hoje morrem mais cedo encontrarão com o Noivo.

d) Os vivos em Cristo

“Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados” (I Ts 4.17). “Nem todos dormiremos (ou seja, morreremos), mas todos seremos transformados” (I Co 15.51).

Elementos atrelados ao arrebatamento

a) Surpresa

Textos como Mt 24.36, 42-44; 25.13 e Tt 2.13 mostram que esse evento será uma surpresa. As exortações para com a vigilância não fariam sentido sem o elemento “surpresa”.

b) Velocidade

No texto de I Co 15.52, Paulo usa a palavra grega átomos, que foi traduzida por Almeida como “num momento”. Na química antiga o átomo era considerado o último elemento da matéria, portanto indivisível, ou seja, impossível de ser cotado [5]. A palavra grega átomo mostra como a velocidade do arrebatamento é enorme. Outras expressões bíblicas como o “abrir e fechar dos olhos” (I Co 15.52) mostram a velocidade desse acontecimento.

c) Invisibilidade

As expressões gregas para definir esse evento, como a própria palavra arrebatamento, dão a entender que teremos o elemento da invisibilidade.

Conclusão

Acima da necessidade de conhecer detalhes sobre o arrebatamento, é importante ter a máxima de consciência que devemos esperar o Senhor com uma viva expectativa, e honrando ele nessa espera, cumprindo nossa missão que chamasse Grande Comissão. Que fiquemos com as palavras do apóstolo Paulo: “Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem sua vinda” (II Tm 4.9).

Notas:

[1] Esse estudo está dentro de uma perspectiva pré-milenista, futurista e pré-tribulacionista, conforme a tradição da escatologia pentecostal, mas dialogando com as demais escolas escatológicas. No início do século XX, os pentecostais acreditavam que eram parte do cumprimento escatológico, pois representavam um “restauracionismo” das manifestações e carismas, presentes na primitiva igreja. Seria um sinal que a vinda de Cristo se aproximava, pois o Movimento Pentecostal representaria a última chuva (serôdia) do avivamento. O pré-milenismo, que prega um milênio literal com o advento de Cristo antes desse período de mil anos, foi e ainda é a visão predominante no meio pentecostal. Essa visão é compartilhada por muitos evangélicos, especialmente a ala fundamentalista (não calvinista) do protestantismo. Os pentecostais não seguem o historicismo pré-milenista, que prega o cumprimento profético no decorrer da história, mas são predominantemente futuristas. Uma das vertentes do futurismo pré-milenista é o dispensacionalismo desenvolvido por John Nelson Darby e popularizado pela Bíblia de Referência Scofield (1909). Quanto ao arrebatamento, a visão pré-milenista futurista ainda é divida em 1) pré-tribulacionismo, ou seja, a vinda de Cristo sem um sinal específico e antes da Grande Tribulação; 2) mesotribulacionismo, ou seja, a vinda de Cristo acontece no momento em que o Anticristo rompe sua aliança com Israel; e o 3) pós-tribulacionismo, ou seja, a vinda de Cristo acontece no final da Grande Tribulação, antes do derramamentos das setes taças da Ira de Deus, descrita no Apocalipse.

[2] No grego arrebatamento é harpazõ. Na Vulgata Latina (Vulg.) arrebatamento foi traduzido por raptus, do verbo raptare. Há duas palavras gregas que estão relacionadas com harpazõ (arrebatamento). A primeira palavra grega é parousia, que literalmente significa “presença”, “visita”, “chegada rápida” etc. No mundo greco-romano, paurosia designava a visita solene de um príncipe. A segunda palavra grega é epiphanéia, que literalmente significa “resplandecer”, “bilhar” ou “vir à luz”.

[3] Veja mais detalhes em ROMEIRO, Paulo. Evangélicos em Crise. 4 ed. São Paulo: Mundo Cristão, 1999. pp 173-192.


Sobre Valnice Milhomens, veja o vídeo: http://br.youtube.com/watch?v=MSupwJpqivI&feature=related

[4] Cabe repetir que esse estudo está dentro de uma leitura pré-milenista, futurista e pré-tribulacionista. Isso não significa que necessariamente o texto seja dispensacionalista, pois não faz divisões dispensacionalistas da história bíblica. Esse estudo reconhece que Israel tem um papel escatológico importante, mas não compartilha da visão de que cada guerra israelense seja cumprimento profético e que seja do interesse de Deus. Há muitos exageros entre aqueles que olham para Isael como o relógio de Deus.


[5] No século XX foi descoberto que o átomo não é indivisível e maciço, mas que é descontínuo, sendo formado por partículas menores e ainda por subpartículas, ainda menores. As principais partículas que formam o átomo são os prótons, os nêutrons e os elétrons

Postado por Gutierres Fernandes Siqueira

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