Ministro Iris Fernando


quarta-feira, 27 de julho de 2011

Igreja Verdadeira versus Igreja Passional

Jamais imaginaria um título assim para um artigo, mas este título me veio num sonho; sim, acordei-me sonhando com este tema: Igreja verdadeira versus igreja passional. A princípio não entendi, mas depois pus-me a refletir sobre o sentido de passional, e descobri que vem de paixão, e tudo o que é paixão tem conotação egoística. Porque paixão ou passional envolve tudo o que a pessoa anela e deseja para si. Uma “paixão” é algo que se quer para si e não se pensa em dividir com os outros.
Por exemplo, Deus tem zelos pela igreja, porque não a quer dividir com o mundo. A igreja é dele; povo seu. Exclusivamente seu! Deus pode ter paixão pela igreja, porque a quer unicamente para si. Já não se pode dizer que se está apaixonado por Deus porque implicaria dizer que não quer dividir Deus com ninguém mais. Seria como dizer: Deus é só meu!
Então o que significa uma igreja passional? Vou colocar a seguir algumas observações:
1. A igreja é passional quando existe para preencher os desejos das pessoas e de seus pastores. “A minha igreja”, termo que constantemente se ouve é um termo passional. Jesus pôde dizer isso, porque a igreja é dele. “Edificarei a minha igreja”, disse o Senhor. E todos nós somos cooperadores de Jesus na edificação da igreja que é dele!
2. A igreja é passional quando os irmãos se envolvem apenas com a sua congregação e ignoram o que está ocorrendo com o corpo de Cristo em todo o mundo. Ouvi recentemente de uma igreja que mantinha obra missionária no Uruguai e decidiu chamar de volta seu missionário, deixando a pequena igreja sozinha porque fazer missões não está mais nos planos do pastor da igreja. Uma igreja assim faz missões buscando lucro e fama para si e quando implica em sacrifício financeiro é melhor deixar de lado. Essa é uma igreja passional, egoística que vive para si mesma.
3. A igreja é passional quando todos os recursos de talentos e de finanças são usados unicamente para satisfazer o conforto e o orgulho dos membros. O dinheiro e os bens arrecadados visam unicamente o conforto da igreja da localidade: melhores poltronas, ar-refrigerado, e conforto aos membros. Os dons espirituais são usados a favor da congregação, jamais a favor do corpo de Cristo. É uma igreja passional que vive para si mesma e não para satisfazer o propósito de Jesus, o verdadeiro dono da igreja.
Neste sentido, a igreja não é verdadeira, mas passional quando os líderes pensam em edificar grandes templos e suntuosos edifícios para o “bem-estar” dos irmãos, enquanto tantas pessoas necessitam de ajuda em lugares pobres e remotos. Uma igreja passional vive para seus interesses locais, jamais para o corpo universal de Cristo. Ela pode até construir grandes prédios desde que o objetivo seja o de alcançar as pessoas para Deus e de servir a comunidade onde está inserida.
Às vezes sou severamente criticado por viver e pregar em toda a igreja brasileira, sem me importar com a denominação, mesclando-me com o corpo. Volto a uma mesma cidade para pregar em igrejas diferentes – e convivo com pastores e membros de igrejas com o mesmo ardor. Porque a devoção que dedico à igreja é a mesma devoção a Cristo com o qual estou comprometido enquanto viver.
4. A verdadeira igreja é inclusiva, abarca todos os povos. Os primeiros cristãos pensavam diferentemente de nós a respeito da igreja. Nunca viam sua congregação com primazia e poder sobre as demais. Sentiam-se parte do povo de Deus em todos os lugares. F.F. Bruce, exegeta e historiador afirma que não havia igrejas maiores com poderes eclesiásticos sobre as menores. O que as mantinham unidas era o senso de ajuda mútua. Uma igreja menor numa região pobre se submetia naturalmente a igreja maior, porque esta ajudava com recursos materiais os irmãos mais necessitados. Era o senso de responsabilidade e de ajuda que unia o povo, nunca doutrinas ou convenções humanas.
5. A igreja passional existe para divertir e alimentar o egoísmo de seus membros, diferente da igreja verdadeira cuja existência é para satisfazer os anelos de Deus. Na década dos anos 60-70 a igreja que mais se destacou no mundo foi a Igreja do Povo em Toronto, porque seu pastor Oswaldo Smith sustentava missionários do mundo todo com 90% da renda financeira da igreja e ficava com apenas dez por cento para as despesas da igreja local. E não eram missionários enviados de lá, mas evangelistas e líderes de nações pobres que eram ajudados por aqueles irmãos. Aqui mesmo no Brasil conheci obreiros que recebiam ajuda financeira de Toronto para realizar a obra de Deus. Oswald Smith amava a Cristo e sua igreja era comprometida com o Reino de Deus. Não era uma igreja passional.
Oswald Smith afirmava que a “ tarefa suprema da Igreja é a evangelização do mundo” e perguntava: “Por que alguém deveria ouvir do evangelho duas vezes, quando há pessoas que não o ouviram nenhuma vez”. E ia mais longe desafiando as pessoas: “Se Deus quer a evangelização do mundo, mas você se recusa a sustentar missões, então você se opõe à vontade de Deus”. E concluía: “Você deve ir ou enviar um substituto”.
O que fazer para não incorrer no erro de se ter uma igreja passional, que ama mais a si mesma do que a Jesus? Basta inverter os pontos negativos acima seguindo o propósito de nosso Senhor. A igreja existe para servir os povos. A igreja passional não cresce porque vive para si mesma. As igrejas que crescem são as que vivem unicamente para Deus.
Pr. João de Souza
Conheça mais o ministério do pr. João A. de Souza em seu site;
www.pastorjoao.com.br

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