Ministro Iris Fernando


sábado, 17 de abril de 2010

Vencendo adversidades que sobre vem em nossa caminhada!

São muitas as adversidades que cercam a vida do homem e da mulher de Deus, o inimigo de nossas almas está a todo o momento a espreita procurando derrubar a todos que fazem a vontade do Pai e tentam contribuir para a sua Obra. Somos humanos, falhos e nestes últimos dias somente o amor de Deus e a sua misericórdia para garantir a nossa sobrevivência e salvação. Hoje escrevo falando da problemática de algumas mulheres de Deus que me procuraram com seus problemas e creio que nem por isso deixaram de ser mulheres de Deus. O Senhor me levou a ver pessoas que sofreram com a indiferença, descrédito e falta de perdão por aqueles que dedicaram grandes horas, suor e lagrimas de suas vidas aliadas a culpa, medo e preconceito.
Vi e conheci mulheres e até homens de Deus que um dia estiveram em posição de “destaque” e hoje em dia estão esquecidos e o pior, são apontados na sociedade como um mau exemplo. Ainda não encontrei na Bíblia embasamento para justificar o que estas pessoas vêm passando com seus irmãos. “Ou como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o argueiro que está no teu olho, não vendo tu mesmo a trave que está no teu? Hipócrita! tira primeiro a trave do teu olho; e então verás bem para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão (Lc 6.42)”. O evangelho do Senhor nos fala de amor a todo o tempo e não de castigo, punição ou discriminação. Em Corinto, quando Paulo fala para expulsar aqueles irmãos da igreja é porque já não havia mais esperança e eles estavam começando a corromper os demais. Só que hoje em dia primeiramente se exclui, humilha, depois que tenta se tratar e dar o perdão. Mas quem é o homem, para fazer justiça? “Como, pois, pode o homem ser justo diante de Deus, e como pode ser puro aquele que nasce da mulher? (JO 25.4)” mas “Justo és, ó Senhor, e retos são os teus juízos (Sl 119.137)”.
Não que eu esteja fazendo uma apologia ao erro dentro das igrejas, mas a minha compaixão vai de encontro as pessoas que cometeram erros, se arrependem e tem o temor de Deus. Não quanto àquelas que destilam o fermento dos fariseus. Obviamente, por livre e espontânea vontade devem automaticamente se afastar um pouco de seus cargos, para não oferecerem fogo estranho ao Senhor, tratar suas feridas e tapar as brechas daquilo que as fez cair, pois: “Porque sete vezes cai o justo, e se levanta; mas os ímpios são derribados pela calamidade (Pv 24.16)”. Não que deva cair sete vezes, mas este número nos fala de perfeição na Bíblia, quer dizer, o justo está sujeito a cair, mas o verdadeiro Cristão vai se levantar e continuar buscando o perdão e a presença do Senhor. Obviamente o ideal é que não caia, daí vem um versículo nos indica o nosso norte: “mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em todo o vosso procedimento (I Pe 1.15)”. E para aqueles que tropeçaram, ainda existe a misericórdia de Deus para os arrependidos e os que ainda buscam a santidade. Contudo, deparei-me com uma coisa muito mais cultural em nossa sociedade: o preconceito para com as mulheres.
Mesmo que não se diga o pecado cometido, somente o fato de excluí-las já deixa as servas com um estigma terrível, que vai carregar por toda a sua vida naquela igreja, denominação ou cidade. Por estarmos numa sociedade machista por natureza, quando uma mulher cai e tem o risco de ser descoberta, as estatísticas mostram que elas têm imediatamente saído da igreja ou ocultado o seu pecado, o que é infinitamente prejudicial para a Obra do Senhor. E o prejuízo é diretamente proporcional conforme o cargo que a pessoa ocupa. Sem ser descoberta, o que é uma coisa apavorante, pois por mais que ela seja tratada, alcance o perdão, a mulher tende a carregar esta mancha pelo resto de sua vida ali naquela congregação se isso vir a publico, muito mais até do que os homens. O que vai exigir muito mais tato e sensibilidade de seus dirigentes em tratar o caso. O preço da evidencia é muito alto, bom somente Deus que jamais mudará. O homem é falho, muitas vezes não assume o seu erro como Davi o fez até que Deus revelasse.
E o mesmo Davi pediu a Deus que caísse em suas mãos, mas não nas dos homens e Deus o perdoou. Lembro-me das Palavras de Jesus: “Respondeu-lhe Jesus: Por que me chamas bom? ninguém é bom, senão um que é Deus (Mc 10.18)”. A tendência do homem em idolatrar o outro está causando muitos danos a Obra do Senhor. O inimigo é astuto e está a postos a derrubar a qualquer um que se aventure, por isso hoje vejo a importância de pertencer ao Corpo de Cristo. “pois trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura antes que ao Criador, que é bendito eternamente (Rm 1.25)” Muita coisa está acontecendo por falta de amor dos irmãos, por não reconhecer a fragilidade do próprio homem e tentativa de exaltação do próprio ego. Devemos exercitar mais a humildade e o perdão, não sabemos o dia de amanha.
Quantas mulheres carregam o estigma da culpa, estão perdendo a comunhão com Deus a cada dia, por estarem sendo lembradas pelas suas companheiras ou pelo próprio inimigo, do erro que cometeram no passado... quantas já não deixaram a igreja por este motivo, pois não encontram com alguém de confiança para desabafar. Uma vez um Pastor amigo meu falou-me sabiamente sobre este caso: - o importante nestas horas não é exaltar o erro, mas sim verificar o arrependimento no coração e ajudar a encontrar o perdão. As igrejas que pensam desta forma tem alcançado muito mais santidade e cultivo ao perdão, pois os membros sentem-se mais seguros e a vontade. Que o amor de Deus preencha os corações, concedendo ainda sabedoria e discernimento para realizar uma Obra pura e verdadeira, preparando a noiva do Senhor para o grande dia.

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