Ministro Iris Fernando


sábado, 14 de maio de 2011

AS MUITAS LUZES DO CENÁCULO, At 20.8


Introdução: Basicamente a Bíblia tem três tipos de declarações: a) independentes; b) interdependentes c) analógicas. Inúmeros versículos podem ser estudados sob mais de uma ótica. Este roteiro pretende apresentar o texto analogicamente.
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
1.1. A palavra cenáculo tem nas Escrituras duas acepções básicas: a literal e a figurativa. Literalmente, cenáculo significa um aposento alto.
1.2. Existem 3 referências centrais a cenáculo no NT: o local de encontro de Jesus com os 12, antes de Sua morte; o local da descida do Espírito Santo e o local onde Paulo pregou.
1.3. O primeiro Cenáculo representa Israel, no Antigo Testamento
1.4. O segundo Cenáculo representa a Igreja, nos seus primeiros dias
1.5. O terceiro Cenáculo fala da Igreja nos seus últimos dias na terra
1.6. As luzes que havia no cenáculo conforme a narrativa de Atos 20 nos permitem refletir sobre a necessidade de as luzes que brilham na Igreja nunca se apagarem.
1.7. Levando em consideração que aparecem 7 luzes no capítulo da Criação; que Deus mandou colocar 7 lâmpadas no Candelabro e que João se refere a 7 castiçais no Apocalipse, imaginemos que havia sete luzes naquele cenáculo, as quais nos servem de base para considerar o sentido espiritual das luzes que devem permanecer vivas na Igreja, até a volta de Cristo.
2. SETE TIPOS DISTINTOS DE LUZ
2.1. A luz eterna e criadora, Deus, I Jo 1.5
2.2. A luz iluminadora do Universo, a Palavra, II Co 4.4
2.3. A luz cósmica, que emanou de dentro do próprio Deus, Gn 1.3;
2.4. A luz solar
2.5. A luz da lua
2.6. A luz das estrelas
2.7. A luz espiritual para o mundo, a Igreja, Mt 5.14. a seguir,examinemos a analogia das setes luzes do cenáculo.
3. A LUZ CENTRAL, A PRESENÇA GLORIOSA DE CRISTO, Jo 8.12
3.1. “EU ESTOU NO MEIO”.
3.2. Este é o lugar de Cristo.
1.1. Quanto mencionamos as 3 Pessoas da Trindade, Ele aparece no meio.
1.2. Ele foi crucificado no meio, entre dois malfeitores.
1.3. Depois de ressuscitado, Jesus apareceu em uma reunião dos discípulos, estando as portas fechadas e pôs-se no meio deles.
1.4. A árvore da vida estava no meio do Jardim do Éden.
1.5. Ao longo das épocas, o Inimigo tem tentado deslocar Jesus do centro. Cada pregador do Evangelho deve prestar sua contribuição para fazer com os que seus ouvintes se apercebem do verdadeiro lugar de Cristo.
2. A LUZ DA PALAVRA
2.1. A Palavra de Deus é uma luz, Sl 119.105;18.28. Jó 29.3.
2.2. Igreja sem Palavra é Igreja sem luz
2.3. Igreja sem Palavra é jardim sem flores
2.4. Igreja sem Palavra é constelação sem estrelas
2.5. Igreja sem Palavra é automóvel sem motor
2.6. Se alguem prega algo que nao é a Palavra, a luz se apaga.
2.7. A Palavra é guardiã dos segredos do Eterno, a reveladora dos mistérios de Deus, I Co 4.1
3. A LUZ DO CONHECIMENTO ESPIRITUAL
3.1. Trevas são ignorância. Luz é conhecimento.
3.2. “Não quero, irmãos, que sejais ignorantes...” I Co 12.1; I Ts 4.13.
3.3. O conhecimento vem através de 3 fontes:
3.3.1. observação
3.3.2. investigação
3.3.3. revelação
3.4. A luz da revelação profética, I Pe 1.19
3.5. A oração de Paulo em favor dos efésios foi no sentido de que essa luz não se apagasse, Ef 1.17
3.6. Vale mencionar também a oração do apóstolo em favor dos colossenses, Ef 1.9
3.7. Existe uma formidável luta entre a luz e as trevas, uma guerra entre as profundezas de satanás e as profundezas de Deus
4. A LUZ DA SANTIDADE COLETIVA DA IGREJA
4.1. O apóstolo João advertiu solenemente: “Se andarmos na luz...”
4.2. Santidade é andar na luz da verdade
4.3. Santidade é viver em transparência
4.4. Jesus declarou: “Vós sois a luz do Mundo”, Mt 5.15
4.5. A Igreja tem a sublime e inalienável tarefa de aceitar, cultivar, declarar e projetar a luz da santidade de Cristo
4.5.1. Ela foi proclamada por Pilatos, Jo 18.38
4.5.2. Ela foi proclamada por Judas, Mt 27.4
4.5.3. Ela foi proclamada por Paulo, II Co 5.21
4.5.4. Ela foi proclamada pelo Ladrão da cruz, Lc 23.41
4.5.5. Ela foi proclamada por João, I Co 1.1-3
4.5.6. Ela foi proclamada por Pedro, I Pe 2.21
4.5.7. Ele mesmo a proclamou, Jo 8.46
5. A LUZ DA PUREZA PESSOAL DE CADA CRENTE
5.1. Cada crente deve projetar a glória pessoal de Cristo
5.2. Deus reparte com Seus filhos a Sua própria natureza
5.3. O Espírito Santo cuida de atuar fortemente na vida de cada crente, a fim de mantê-lo em estado de pureza pessoal.
5.4. “Bem-aventurados os limpos de coração porque eles verão a Deus”, Mt 5.8.
5.5. A luz da pureza pessoal do crente deve brilhar em todas as áreas de sua vida:
5.5.1. No seu caminho, Sl 119.9
5.5.2. Em suas companhias, II Co 6.17
5.5.3. Em sua consciência, I Tm 3.9
5.5.4. Em seu coração e mente, Sl 51.1,2; Ef 4.22,23
5.5.5. Em suas mãos, Sl 73.13
5.5.6. Em seus pensamentos e palavras, Cl 3.1,2; Ef 4.29
5.5.7. Em toda a sua vida, Jo 13.8
6. A LUZ DA VIDA ABUNDANTE
6.1. Há 3 principais tipos de vida mencionados na Bíblia;
6.2. São eles: a vida física, a vida espiritual e a vida eterna.
6.3. Cada tipo de vida tem a sua dimensão de luz.
6.4. A luz da vida se apaga com a morte do corpo.
6.5. A luz da vida espiritual se apaga quando/se a pessoa se aparta de Deus.
6.6. A luz da vida eterna jamais se apaga.
6.7. Jesus disse: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância”, Jo 10.10.
7. A LUZ DA GLÓRIA DE DEUS
7.1. A palavra glória tem vários significados, tais como honra, poder, majestade, valor, estima, etc.Is 42.8,12; Sl 29.1.
7.2. A glória de Deus está muito relacionada com os verbos ver, aparecer e sentir. ( Ex 16.7,10; 33.18-22; Is 40.5; Dt 5.24; Is 60.1.
7.3. A glória do Senhor é eterna porque está vinculada à Sua própria natureza eterna.
7.4. A glória de Deus é a luz que emana de Seu rosto.
7.5. A glória humana são apenas sombras e se encontra nas riquezas (Sl 49.16; Gn 45.13), no poderio dos governantes (is 8.7; 21.16), na reputação pessoal (Sl 4.2), e nas honras recebidas ( At 12.21-23).
7.6. A Igreja existe no mundo para projetar a glória de Deus, Ef 3.21.
7.7. A luz da glória de Deus Se manifestou
7.7.1. quando do nascimento de Jesus, Lc 2.9
7.7.2. no episódio da trasfiguração de Jesus, Lc 9.31,32.
7.7.3. na vida de Estevão, por ocasião de seu martírio, At 7.55
7.7.4. na revelação dada a João, Ap 18.1; 21.23.
Conclusão: O texto não declara que havia lâmpadas. Diz que HAVIA LUZES. Jamais permitamos que nossas vidas se transformem em meras lâmpadas, mas que eternamente sejam a luz que alumia o mundo, que está sob espessa escuridão.

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