Heb. Karmel, “jardim” ou “pomar”.
Uma cordilheira montanhosa com 24 km de extensão, entre o Mar Mediterrâneo (Jr 46:18) e a Planície de Esdraelon (cf. 1Rs 18:42-46). Ao longo do seu limite norte corre o rio Quisom (1Rs 18:40). A cordilheira formava antigamente a fronteira sul de Aser (Js 19:26). O Carmelo situa-se entre as planícies de Esdraelon e Aco, a norte e a de Sharon, a sul. O ponto mais alto situa-se a 531 m acima do nível do mar mas o promontório ocidental eleva-se a somente 170 m. Em algumas cavernas situadas nas vertentes das formações calcárias encontraram-se esqueletos e outras relíquias dos primeiros colonos. O Carmelo é árido e seco no Verão mas cobre-se de bonitas flores e plantes no inverno e é muito elogiado pelos escritores bíblicos (Ct 7:5; Am 1:2). Podem ser encontrados nas suas encostas carvalhos anões, oliveiras bravias e zimbros e as muitas cisternas e prensas de óleo e vinho que lá se podem ver falam da sua antiga fertilidade. Um Carmelo árido e estéril era, portanto, um sinal de grande necessidade e destruição (Is 33:9; Am 1:2; Na 1:4).
Os egípcios chamavam ao Carmelo “promontório sagrado” e os cananeus parecem ter tido ali um santuário ao ar livre, que Elias escolheu para demonstrar a impotência de Baal e o poder de Jeová (1Rs 18:17-46). Elias parece ter vivido no Monte Carmelo durante algum tempo (2Rs 4:23-25). No século IV AC, os gregos chamaram ao Carmelo “o monte sagrado de Zeus” e na base de uma estátua do século II ou II AC, recentemente descoberta, lê-se: “(Dedicada) ao Zeus Heliopolitano (do Monte) Carmelo, por G. Julius Eutychas, um colono de Cesareia”. Isto mostra quão tenazmente o culto de um deus pagão se colou à imagem da montanha. O nome actual do Carmelo é Jebel Karmel ou Jeber Mâr Elyâs.
(Fonte: Enciclopédia)
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