Ministro Iris Fernando


domingo, 24 de julho de 2011

A Fé Pentecoltal

A FÉ PENTECOSTAL


          Mais de um século tem se passado desde que irrompeu no mundo o chamado Movimento Pentecostal.
          Suas crenças e práticas remontam ao Dia de Pentecoste, mas sua aparição globalizada e sua institucionalização são fatos relativamente recentes, ou seja, datam de apenas um século.
Em sua edição do dia 03 de dezembro de 1906 o jornal “The New York American” deu grande destaque a “um novo movimento religioso, formado por negros e brancos” e ­­acrescentou:  “algo estranho está começando a acontecer”.
As primeiras igrejas de fé pentecostal no Brasil apareceram poucos anos depois. A Assembléia de Deus, por exemplo, nasceu em 1911. Durante os dias 16 a 18 de junho de 2011 ela comemorou exuberantemente seu centenário de fundação.
De acordo com uma estimativa do Hartford Institute for Religion Research, no ano de 2025 os pentecostais deverão ser 45 por cento de todos os cristãos no mundo. Rikk Watts, um pastor canadense, integrante da Assembléia de Deus e professor do Regent College, em Vancouver, Canadá declarou: “De cada 20 pessoas no mundo, uma é pentecostal”. 
Sob uma visão panorâmica e global, pode dizer-se que o Movimento Pentecostal está agora em sua terceira e crítica fase.
A primeira fase foi a das perseguições extremas, cujo resultado era uma busca a Deus incessante e piedosa. Todos os de dentro estavam espiritualmente unidos, porque todos os de fora estavam impiedosamente contra. Naquela surgiram as Convenções, voltadas para a Palavra, a Oração e o exercício do Amor Fraternal.
A segunda fase se caracterizou por uma espécie de “processo de acomodação”. Os missionários começaram a deixar os países nos quais abriram trabalho e dirigiram as primeiras igrejas e essas começaram a receber a simpatia das Denominações, inclusive das que ferrenhamente as combatiam anteriormente.
Nessa fase ocorreu um verdadeiro fenômeno: as outras igrejas começaram a se espelhar nas pentecostais e não somente assimilaram, como também reproduziram muitas de suas práticas.
A terceira fase tem outra marca: as mais antigas igrejas pentecostais começaram a perder sua identidade. Com o advento das néo-pentecostais passou a ser difícil identificar o que realmente significa a fé pentecostal, o que de fato significa uma igreja pentecostal.
Em umas igrejas falar em línguas é proibitivo. Noutras, não se fala de milagres. Outras não abrem mão da existência e prática dos dons espirituais.
Nas duas primeiras fases nunca houve “cultos de vitória”, “reuniões de milagres”, “campanhas da prosperidade”, “shows gospel”, etc., etc. Hoje tudo isto é parte da liturgia das igrejas ou de sua liturgia.
Alguns Círculos de oração continuam exuberantes. Mas, no geral, simplesmente estão desaparecendo e sendo substituídos por algumas novidades, muitas das quais importadas de arraiais que jamais provaram a verdadeira fé pentecostal.
Em muitíssimas igrejas, os círculos de oraçãonáopassam hoje de círculos de pregação. As memoráveis noites de vigília têm cedido gradualmente seu lugar aos “vigíllhões”, onde existe de tudo, menos oração. O ponto alto é a presença de uma celebridade do mundo dos pregadores e, com certeza, uma fertilíssima colheita de ofertas, destinada habitualmente aos mais variados propósitos.
Ademais, entramos na fase da abundância enloquecedoura de ministérios pessoais, uma prática de endeusamento e de culto à personalidade, que deixaria envergonhados e confundidos os apóstolos do primeiro século, caso pudessem aqui aparecer para isto testemunhar. Isto sem precisar falar das disputas que ocorrem por trás dos bastidores.
Reuniões de oração e de ensino foram a marca registrada da Igreja nos seus primeiros 50 anos. Eram prioridade absoluta. Hoje, são escassas como tal. Evangelismo pessoal foi a tônica da primeira fase. Evangelismo em massa, da segunda. Na terceira emerge com vigor o tele-evangelismo.
Escrevo esta crônica entristecido com a atitude de alguns pregadores notáveis que publicamente zombam de certas práticas pentecostais, como se fossem heréticas. Esquecidos estão das verdadeiras origens deste grande Movimento do Espírito. Ser simples na Bíblia é assunto de honra. Para alguns hoje é matéria de galhofa.
Nossas fragilidades jamais tirarão o brilho da legítima grandeza do operar de Deus. Quaisquer que sejam o “marketing”, a metodologia e o sistema usado por alguns, vale lembrar que línguas estranhas, interpretação, revelações, dons espirituais, oração por enfermos, expulsar demônios, etc., não foram retirados da Bíblia nem abolidos da Igreja.
Devemos todos ser moderados, prudentes, respeitosos e éticos no tratar com as coisas divinas. A fama freqüentemente é uma bebida forte, altamente fermentada, que embriaga impiedosamente. O luxo das “catedrais” não deve apagar a memória dos “casebres” insalubres, dentro dos quais receberam o seu Pentecoste os pioneiros, os fundadores e os pais daqueles que hoje levam as massas ao delírio.
Pregadores há que insultam os pastores, porque nunca o foram.
O dever de ganhar almas inclui basicamente o cuidado para não perdê-las.
Os jovens que hoje vendem saúde não podem espezinhar os velhos que perderam a sua, no labutar diuturno em busca de resultados para o seu ministério, executado antes da era da internet e dos “acessórios” que a coroam. Tudo que se tem hoje é colheita do que ontem se semeou.
As 3 gerações do Movimento Pentecostal no mundo e, particularmente no Brasil, lembram os três grandes patriarcas do passado.
A primeira geração cultivou piedosamente a fé que dominava o espírito de Abraão. A segunda foi a herdeira da bênção, como Isaque. A terceira tem grandes e graves semelhanças com Jacó, o homem das barganhas, dos conchavos e das “lambanças”.
O político e ecologista carioca Alfredo Sirkis referiu-se recentemente à “sua terrível experiência negativa com vários políticos pentecostais que conheceu, alinhado às piores práticas do parlamento e da administração pública” Que o diga o escândalo da CPI dos Sanguessugas.
Para que a presente geraçäo esteja apta a subir no Dia do Arrebatamento, é de esperar uma revolução espiritual, um novo “vau de Jaboque”, para que de lá saia, não um Jacó acostumado à politicagem, à matreirice e às barganhas, mas um Israel, um príncipe do Senhor, um cidadão comprometido com Betel, um adorador que profetiza para o seu povo as sublimes palavras do Grande Senhor e Deus.
Se somos pentecostais, que o sejamos. Não apenas por tradição, nem para ganhar a simpatia de milhares, mas porque dentro de nosso coração ferve uma experiência gloriosa que tem atravessado os séculos e que merece muitos nomes, um dos quais é a fé pentecostal.
http://prgeziel.blogspot.com/

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